segunda-feira, 30 de abril de 2012

"too close too crazy".
Família.
É interessante notar que, embora as pesquisas científicas apontem para a característica do vínculo e a necessidade de relacionar-se do ser humano, embora ao ser questionado ele responda "família é tudo!", não existe lugar onde façamos mais concessões.
Quem nunca teve uma vontade louca de sair com os amigos ou simplesmente de ficar em casa curtindo um filme, lendo um livro ou dormindo, mas teve que fazer presença no almoço de domingo, no casamento deste ou daquele, só para não decepcionar a esposa, o marido, a mãe ou sei lá quem? Quem nunca ouviu "o que os outros vão dizer se você sair vestida assim ou não pentear o cabelo assado". Quem já ouviu a expressão: se eu sair desta nunca mais entro noutra! referindo-se o marido no caso da mulher morrer ou de uma separação. Na maioria das vezes eles estão brincando, mas são palavras ditas, não? E quem explica o fato de exatamente com aqueles que mais amamos descontamos nossas frustrações do dia-a-dia, de nossas vidas?
Os exemplos são inúmeros. E a história se repete quando convivemos  num grupo social de qualquer natureza. Basta a proximidade, a frequência, o comprometimento inerente (inerente?!) que já estamos lá nos obrigando a fazer isso ou aquilo pelo bem de todos e felicidade geral da nação, digo, situação. E o que falar da experiência de ter e criar e educar filhos? 
Complexo. Tudo é bastante complexo. 
Mas, se as relações dão tanto trabalho, por que insistimos em tê-las? Bom, talvez porque as coisas tenham sempre dois lados, no mínimo. 
O que dizer do conforto de um colinho de quem se ama após um dia de stress no trabalho? Do sorriso maroto do filho construindo um edifício de almofadas no meio da sala? ou do sorriso da menina após a apresentação de teatro da escola, ao encontrar nosso olhar no meio de tantos outros? do abraço infinito do melhor amigo após um tempo afastado, ou na festa de formatura, ou no funeral de nosso pai?
Por essas e outras que vale à pena dividir com alguém, seja lá quem. 
E, lembre-se, para crescer e florir é preciso regar e algumas vezes podar para crescer mais forte e saudável. 
Cuidar, pessoal. Cuidar, é preciso.

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