A Neurociência é uma ciência nova, 150 anos, resultado da
transdisciplinaridade de áreas da ciência – medicina, biologia, fisiologia,
física, psicologia - interessadas em vários aspectos do cérebro: função,
desenvolvimento, evolução e disfunções. Embora não conste a pedagogia como uma
destas disciplinas, o fato é que a estrutura cognitiva do cérebro muda de
acordo com a aprendizagem. A aprendizagem é o motivo, a matéria prima da
pedagogia. Temos a neurociência cognitiva como a base de toda a abordagem
reducionista - método de análise do cérebro devido sua complexidade. Portanto,
tudo acontece através da cognição, capacidade ativa de aquisição de
conhecimento, onde aprender é a chave para a sobrevivência humana.
Dito isto, torna-se fundamental para toda a classe de ensinantes
sobre a face da Terra, o estudo, pesquisa e aplicação dos avanços alcançados
até aqui, pela neurociência. Faz-se necessário o engajamento destes ensinantes,
assumindo efetivamente seu papel teórico-científico, na construção e evolução
deste conhecimento junto aos demais pesquisadores. Paralelo a isto, é preciso
disponibilizar estes avanços através de políticas públicas que apliquem o
conhecimento efetivamente nas escolas de todas as faixas etárias. Trata-se de um
longo percurso de educação continuada para ensinantes já atuantes no mercado de
trabalho e formação dos demais que estão chegando às universidades de
pedagogia.
As habilidades solicitadas aos colaboradores – funcionários - no
mundo corporativo atual como criatividade, flexibilidade, resiliência, tomada
de decisão, solução de situações-problema, liderança, autoconfiança,
autocontrole, autoestima, são todas resultado de funções cognitivas bem
desenvolvidas, habilitadas e capacitadas, possíveis apenas, através de mediação
intencional de aprendizagem, realizada por ensinantes também habilitados e
capacitados para tal. Hoje, o capital humano é considerado o diamante de
qualquer empresa. Sendo assim, viva a
Educação Cognitiva!
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